quinta-feira, 24 de março de 2011

A bicicleta e o abraço.


Era fim de tarde, como um dia qualquer. O pensamento oscilava entre as entrelinhas de Raul Seixas e o Futebol. Tempo nublado, vento forte e aquela chuva gelada que dói nos ossos e na alma do cidadão.
Essas eram as condições em que, na última quarta-feira, presenciei uma das cenas mais tocantes da minha vida:
Em uma bicicleta, um homem se equilibrava guiando apenas com a mão esquerda, enquanto a direita segurava um pacote que se agarrava a ele com todas as suas forças.
O homem de camisa regata, enquanto o "pacote", uma criança, com um casaco verde que, visivelmente, era demasiado grande para ela (o que me faz inferir que era do senhor). Uma cena comum, talvez.
Estava bastante frio, e consegui perceber o medo nos olhos da criança.
Ela disse: "Papai, ta frio. Eu vou cair, segura!"
Ao que respondeu: "Já vamos chegar em casa, confia em papai, que papai te ama."

Tá, pode parecer besteira. Mas, para mim, foi a cena mais bonita de proteção e amor paterno que já presenciei. Foi o momento em que mais quis estar do lado do meu pai, e dar-lhe um abraço daqueles de quebrar costelas.

Parei e segui com os olhos aquela dupla, que, na inércia, seguiu e desapareceu em meio ao nevoeiro.

Uma daquelas cenas da vida real que parecem artificiais quando vistas no cinema.

Sorri.
Segui.

sábado, 19 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uuuhh!

"I've had the time of my life
And I never felt this way before
And I swear, this is true
And I owe it all to you.
Dirty bit!"






Foi Maravilh-Wonderfull. Salvador justifica a dama que tem. Os baianos mostram porque "We are Carnaval".
'Épico'. É como defino a festa, o tapete e o bom jogo ao lado de um ídolo (O Capitão).

Inicialmente um esquente para entrar no clima da festa,
e ter uma mínima idéia do que estava por vir...
Durante o dia, vagando pelas ladeiras do Pelô,
estávamos buscando aquela que confeccionaria o turbante.
Isto feito, colares posicionados... era hora de partir.


Apesar de merecer, não quero dar destaque à festa em si, mas à maior razão de ser tão indescritível a sensação.

Era o primeiro jogo ao lado do Capitão. Primeiro grande evento em que tinhamos condições de jogar juntos, e marcação nenhuma pôde impedir.
Em primeiro momento, me senti meio preso... Mais observava do que, efetivamente, participava da festa. Agia como um espectador, atônito em frente ao jogo do verdadeiro Mestre.

Todas as espectativas estavam voltadas para o garoto da base, mas limitava-me a observar o mentor.

E é sempre muito bom quando chega o segundo jogo. O nervosísmo passou, e o sujeito começa a se soltar, jogar junto, trocar passes e até arriscar uma grande jogada individual... As vezes não dá. As vezes, marca-se um gol de placa!!


Bem, voltando à festa, estar em cima do Trio...
Foi uma das sensações mais impressionantes que se tem notícia.
Algo fora do cumum. Homérico, diria eu.


O último jogo, por sua vez, é aquele em que o ídolo faz a sua parte e pede pra sair, deixando o time desfalcado de capitão, mas com uma energia renovada. Era hora de andar sozinho, e, com foco, olhar para o gol. No final da noite, Missão cumprida.
Missão cumprida, alias, para o capitão também. Basta lembrar do Desafio Skol, e verás que este levou a sério e fez deste Carnaval absolutamente inesquecível. Inolvidável.

Obrigado e Parabéns, Capitão. Missão, com louvor, Cumprida.


P.S.: Normalmente leio e ajusto o texto. Com este foi diferente. Da forma que foi primeiramente escrita, foi postado. No Backspace.
A idéia é justamente passar a primeira idéia que vem a mente quando se pensa no objeto do texto. ok?
Beijos na tireóide.