
Era fim de tarde, como um dia qualquer. O pensamento oscilava entre as entrelinhas de Raul Seixas e o Futebol. Tempo nublado, vento forte e aquela chuva gelada que dói nos ossos e na alma do cidadão.
Essas eram as condições em que, na última quarta-feira, presenciei uma das cenas mais tocantes da minha vida:
Em uma bicicleta, um homem se equilibrava guiando apenas com a mão esquerda, enquanto a direita segurava um pacote que se agarrava a ele com todas as suas forças.
O homem de camisa regata, enquanto o "pacote", uma criança, com um casaco verde que, visivelmente, era demasiado grande para ela (o que me faz inferir que era do senhor). Uma cena comum, talvez.
Estava bastante frio, e consegui perceber o medo nos olhos da criança.
Ela disse: "Papai, ta frio. Eu vou cair, segura!"
Ao que respondeu: "Já vamos chegar em casa, confia em papai, que papai te ama."
Tá, pode parecer besteira. Mas, para mim, foi a cena mais bonita de proteção e amor paterno que já presenciei. Foi o momento em que mais quis estar do lado do meu pai, e dar-lhe um abraço daqueles de quebrar costelas.
Parei e segui com os olhos aquela dupla, que, na inércia, seguiu e desapareceu em meio ao nevoeiro.
Uma daquelas cenas da vida real que parecem artificiais quando vistas no cinema.
Sorri.
Segui.
Essas eram as condições em que, na última quarta-feira, presenciei uma das cenas mais tocantes da minha vida:
Em uma bicicleta, um homem se equilibrava guiando apenas com a mão esquerda, enquanto a direita segurava um pacote que se agarrava a ele com todas as suas forças.
O homem de camisa regata, enquanto o "pacote", uma criança, com um casaco verde que, visivelmente, era demasiado grande para ela (o que me faz inferir que era do senhor). Uma cena comum, talvez.
Estava bastante frio, e consegui perceber o medo nos olhos da criança.
Ela disse: "Papai, ta frio. Eu vou cair, segura!"
Ao que respondeu: "Já vamos chegar em casa, confia em papai, que papai te ama."
Tá, pode parecer besteira. Mas, para mim, foi a cena mais bonita de proteção e amor paterno que já presenciei. Foi o momento em que mais quis estar do lado do meu pai, e dar-lhe um abraço daqueles de quebrar costelas.
Parei e segui com os olhos aquela dupla, que, na inércia, seguiu e desapareceu em meio ao nevoeiro.
Uma daquelas cenas da vida real que parecem artificiais quando vistas no cinema.
Sorri.
Segui.