quarta-feira, 6 de julho de 2011

"A Mi Manera"

"Quizás también dudé cuando mejor me divertía
Quizás yo desprecié aquello que no comprendía
Hoy sé que infierno fui y que afronté ser como era
Y así logré seguir, a mi manera.

Porque ya sabrás que el hombre al fin
Conocerás por su vivir
No hay porque hablar, ni que decir,
Ni recordar, ni hay que fingir
Puedo llegar hasta el final, I did it my way"
 
(Il Divo ~ Frank Sinatra)

Com a palavra, Jimmy London.

"Não quero ser desagradável, mas não é razoável que me venha pedir
Que fique aqui ouvindo promessa, porque não me interessa o que será disso aqui

Eu não preciso que ninguém venha atormentar meu juízo
Eu não tenho mais a menor paciência pra isso

Eu não preciso que ninguém me de nenhum tipo de aviso
Eu não tenho mesmo a menor paciência pra isso"

Qual o sentido dessa porra?

Ao longo do tempo, me acostumei a receber olhares de desaprovação quando digo que sou ateísta. Sim, há uma espécie de conceito pré-formado na maioria das pessoas que os ateus são seres satânicos, e que, devem ser evitados, até que um pastor possa vir e curá-lo.
Mas, tudo bem. Nunca tive problemas com isto. Nunca me importei de verdade.
No entanto, as vezes isso me faz pensar se vivo em um meio onde o pensamento é, em essência, livre. Afinal, para ser sincero, muito me incomoda o moralismo coloquial que, em suma, não passa de 'tagarelice'.

E é neste âmbito da moralidade imbecil e da não-liberdade que me vem à mente um dos temas mais comentados dos ultimos tempos: O Homossexualismo e o Casamento Gay.
Não quero expor razões de Direito ou de legalidade, até porque, para isto seria necessário uma pesquisa deveras aprofundada do tema, o que se faz improprio no momento. Mas, alguém pode me explicar a necessidade dos grupos religiosos conservadores de perseguir estas pessoas que em nada atrapalham a sua vontade maléfica e quase Napoleônica de dominar mentes? (Vontade esta, especialmente desiderada pela Igreja Católica.)

Muito me incomoda o moralismo religioso que vai à imprensa para buscar retirar direitos de pessoas que sabem o que pretendem de suas proprias existencias. Qual a verdadeiro razão de tentar impedir que duas pessoas que querem construir uma história juntas se unam perante o Estado (laico, diga-se de passagem)?

Ok, admito que não se deva obrigar um Padre (Pastor ou qualquer desses que seja) a realizar aquela cerimônia onde as pessoas vão, especialmente, para desfilar suas roupas novas e cochilar. Mas qual o sentido de se punir um representante clerical que concorde em unir duas pessoas que, em tese, se completam?



"Estou sinceramente farto de pregadores políticos em todo este país me dizendo que, como cidadão, se eu quiser ser uma pessoa moral, tenho que acreditar em A, B, C e D. Quem eles pensam que são? E de onde eles tiram a idéia de que têm o direito de impor sua crença religiosa a mim? (...) Hoje os advirto: Vou combatê-los sem cessar se eles tentarem impor suas convicções morais..." (Barry Goldwater, 1981)