Eu sempre gostei de escrever, principalmente nas madrugadas. Nunca escrevi bem, mas, ainda assim, gosto.
Tenho também uma maldita mania de destruir tudo o que escrevo. Antes mais do que hoje, mas ainda a tenho... Nunca entendi o porquê.
Talvez eu coloque demasiado sentimento nas palavras, e como Thai sempre diz... Busco esconder meus sentimentos. Camuflá-los. Fugir desesperadamente, tal qual um escravo fugiria do seu senhor (o que faz bastante sentido.)
É uma possibilidade. Não que eu goste, mas não aprendi a ser diferente... Nunca soube (nem quis) expressar-me como aquela noiva, que deleitava-se do próprio sangue com uma lâmina caída ao lado. A sua melhor amiga. Ela punha ali tudo o que sentia: Medo, insegurança, revolta, amor... Reduzidos à um corte. Quando mais novo, ela me assustava. Cheguei a implorá-la que parasse. E parou. Nunca me decepcionou.
Percebo que meu maior fascínio é pelas palavras. Não sou bom com elas, mas elas sabem ser cordiais comigo. Me socorrem sempre que mais preciso. A minha lâmina é uma caneta. Com ela me faço e desfaço. Me desentendo. Me desafogo de mim mesmo.
Talvez, ainda, de todo esse fascinio pelas palavras, decorra o fascínio por escritoras. Já ouvi que é estranho, mas admito certa tendência a me interessar em demasia pelas que escrevem.
Acho realmente bonito. Por vezes tanto misterioso. De uma forma estranha e surreal.
Mas já nem sei mais o que estou dizendo... Mas uma vez as palavras me enganaram e fizaram com que me perdesse...
É tarde. Devo ir.
>P.S.: Escrevi este texto há três madrugadas atrás... Não conseguia dormir. Mas quando terminei, tinha muito sono... Fui dormir e me esqueci. Agora, digitando, a sensação que tenho é outra, e isso me assusta um pouco.
No mais, A 'Noiva' que cito é uma espécie de metáfora direcionada, não uso drogas.
Um comentário:
Garoto talentoso ... gostei muito do texto. *-*
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